terça-feira, 12 de outubro de 2010

Vida Oculta
“…a vossa vida está escondida com Cristo em Deus.” (Cl 3, 3)
O desejo e a necessidade de Deus, de viver só para Ele e de nada Lhe antepor, leva o Monge refugiar-se no Deserto, para, que liberto de todos os impedimentos, se dedicar única e exclusivamente ao “serviço” e à “procura” de Deus. O chamamento a esta forma de vida, traz em si o desejo e a necessidade de passar despercebidos aos olhos do mundo, traz em si a necessidade de ocultamento, para viver discreta, gozosa e exclusivamente na presença de Deus, ao jeito da Sagrada Família, durante os longos, silenciosos, laboriosos e fecundos os anos da “vida oculta” de Jesus em Nazaré.
O Monge que se sacrifica e que é fiel ao espírito da sua vocação, é aquele que, sabe permanecer “escondido”, que sabe permanecer “oculto”, para melhor e mais generosamente, sem qualquer tipo de estorvo, se poder abrir à graça de Deus, mergulhar no Seu Coração Misericordioso, só n’Ele viver, só para Ele viver e só d’Ele se alimentar.
Porque se nutre de eternidade, o Monge, à medida que se consome e gasta pela Sua paixão, Jesus Cristo e o zelo da Sua glória, transporta consigo toda a Humanidade que apresenta a Deus e como a lâmpada do Sacrário, há-de iluminar e conduzir o caminho dos demais para Cristo, por isso tem todo o sentido e deve ser desenvolvido, na vida do monge, o projecto de vida de São João Baptista: “Ele é que deve crescer, e eu diminuir” (Jo 3, 30). A verdadeira alegria da vida do Monge consiste em não ser nada para que Deus seja “Tudo”.

1 comentário:

Gisele Resende disse...

Que linda partilha,

obrigada,

abraços fraternos

Gisele