quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Bênção do Mosteiro Concepcionista de Goa na Índia
Em plena celebração do V Centenário da Atribuição de Regra Própria, no passado dia 22 de Fevereiro foi benzido em Goa, na Índia, um novo Mosteiro da Ordem da Imaculada Conceição, com o título de Imaculada Conceição.
A nova fundação teve como comunidade mãe a comunidade monástica Concepcionista de Estella (Navarra/Espanha), da Federação de Cantábria.
A celebração foi presidida por Sua Excelência Reverendíssima o Patriarca das Índias Ocidentais o Sr. D. Filipe Neri António Sebastião do Rosário Ferrão, Arcebispo Residencial de Goa e Damão e contou com a presença do Sr. D. Raul Nicolau Gonçalves, Arcebispo Emérito de Goa e Damão, que acolheu as monjas quando chegaram. Concelebraram um grupo numeroso de sacerdotes e assistiram umas 600 pessoas entre familiares e conhecidos. Assistiram ao acto, em representação da Ordem da Imaculada Conceição, a madre Coordenadora da Confederação Santa Beatriz, madre Maria de la Cruz Alonso oic, madre Presidente da Federação de Cantábria, a madre Celina Arranz oic e a Secretária confederal a irmã Imaculada Fernández oic.
A Comunidade de Estella vem preparando esta fundação há cerca de 19 anos. Esta comunidade Concepcionista acolheu e assumiu a formação inicial de numerosas jovens indianas, algumas das quais, hoje monjas de votos solenes, formam a pequena comunidade monástica Concepcionista deste recanto do Oriente.
Este é já o segundo Mosteiro da Ordem fundada por Santa Beatriz na Índia. O primeiro foi benzido e inaugurado a 14 de Novembro de 2009, em Sasthavattom, arquidiocese de Trivandrum (estado Kerala - sul da Índia) e tem como casa fundadora o Mosteiro Concepcionista de Ávila (Espanha).

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Testemunhos sobre Santa Beatriz:
o seu AMOR À EUCARISTIA

Era muito devota do Santíssimo Sacramento do Altar, por isso participava em muitas missas diariamente com particular devoção e comungava com muita frequência.
(M. Luna, Processo, f.111)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Testemunhos sobre Santa Beatriz:
o seu AMOR
À HUMILDADE E À OBEDIÊNCIA


Considerava-se igual e no mesmo nível das mais pequenas com quem tratava, dando com as suas palavras e obras externas exemplos de humildade a todas; e obedecendo às superioras e prelados do mosteiro de S. Domingos, como a última de todas.

(M. Leiva, Processo, f.136)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Testemunhos sobre Santa Beatriz:
o seu AMOR
À IMACULADA CONCEIÇÃO


"Tinha uma singularíssima devoção a Nossa Senhora, a Virgem e Mãe de Deus (…). Para honrar este mistério fez o propósito de fundar a Ordem, como com efeito tratou de fazê-lo, desde que a Senhora lhe apareceu, quando se encontrava encerrada no cofre."
(M. Maria Herrera de Vaca, Processo, f.200)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Testemunhos sobre Santa Beatriz:
a ORAÇÃO


Foi tão elevada a sua oração e tão grande a sua devoção, que o Senhor lhe fez muitos favores… Praticou a oração e teve esta devoção desde menina.

(M. Lerma, Processo, f.590)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Nova Biografia
Francisco J. Castro Miramontes
SANTA BEATRIZ DE SILVA,
Bajo el signo de María
Uma abordagem à vida de Beatriz da Silva e Meneses, uma santa do século XV cujo exemplo irradia para além da sua época. Mulher de beleza extraordinária, viveu durante um tempo na Corte até que se retirou para Toledo para praticar uma vida de oração e caridade com uma especial devoção à Imaculada Conceição de Maria. Santa Beatriz, fundadora da Monja Concepcionistas, ordem presente em Espanha, Portugal, Bélgica, Índia, Guiné-Conacri e em vários países da América Latina, foi canonizada por Paulo VI em 1976. Esta obra, escrita por um franciscano (Francisco J. Castro Miramontes) e com os testemunhos de algumas monjas Concepcionistas, vê a luz no V Centenário da aprovação e atribuição pontifícia de Regra própria.
A obra pertence à colecção: Retratos de bolsillo,
editada pela: EDITORIAL SAN PABLO (de Espanha)
e pode ser comprada por 6,20€.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

A alegria na vida monástica
“…o meu coração alegra-se com a vossa salvação.” (Sl 13, 6)
Aquele que se sabe objecto do Amor sem medida, do seu Deus, só pode alegrar-se e exultar: "Os que o Senhor libertou vol­ta­rão e virão para Sião com cânticos de triunfo. Uma alegria eterna iluminará o seu rosto, um regozijo transbordante os se­guirá, e as aflições desaparecerão” (Is 51, 11). A isso nos desafia o apóstolo Paulo que diz: “…meus irmãos, alegrai-vos no Senhor” (Fl 3, 1), “Alegrai-vos sempre no Senhor! De novo o digo: alegrai-vos!” (Fl 4, 4), “Sede sempre alegres” (1Ts 5, 16). Essa é a experiência dos primeiros cristãos: “Quanto aos discípulos, estavam cheios de alegria e do Espírito Santo” (Act 13, 52).
O Monge que vive e procura Deus no Deserto do claustro, porque faz a mais profunda experiência de se sentir amado e porque se sabe membro de um povo de resgatados, alegra-se e rejubila para sem­­pre (cf. Is 65, 18), o seu cora­ção pulsará de alegria (cf. Is 66, 14), "Uma alegria eterna iluminará o seu rosto, um regozijo transbordante os se­guirá” (Is 51, 11). Faz a experiência da alegria, que brota da certeza de se sentir plenamente amado pelo Ressuscitado, porque o Senhor dá uma alegria maior ao nosso coração do que àqueles que vivem em abundância (cf. Sl 4, 8), o monge, que vive na presença de Deus, é um homem de “coração alegre” (Pr 17, 22) e a alegria eterna ilumina o seu rosto (cf. Is 51, 11).
Sabendo-se objecto do Amor Infinito e Misericordioso de Deus, que nos libertou do poder das trevas e nos transferiu para o Reino do seu amado Filho, no qual temos a redenção (cf. Cl 1, 13), o Monge alegra-se, até mesmo se tiver que derramar o sangue, em sacrifício e oferta pela fé (cf. Fl 2, 17). “A alegria, que nos vem de Cristo … também nos dá contentamento, mas pode sem dúvida coexistir com o sofrimento. Dá a capacidade de sofrer e, no sofrimento, de permanecer também intimamente felizes. Dá-nos a capacidade de compartilhar o sofrimento dos outros e assim tornar perceptível, na disponibilidade recíproca, a luz e a bondade de Deus. Sempre me faz reflectir a passagem dos Actos dos Apóstolos segundo a qual os Apóstolos, depois terem sido flagelados a mando do Sinédrio, saíram de lá "contentes por terem sido considerados dignos de injúrias por causa do nome de Jesus" (Act 5,41). Quem ama está pronto a sofrer pelo amado e por causa do seu amor, e precisamente por isso experimenta uma alegria mais profunda. A alegria dos mártires era mais forte do que os tormentos infligidos. No fim, esta alegria venceu e abriu a Cristo as portas da história." (Bento XVI, Homilia na Missa Crismal - 1 de Abril de 2010)

A alegria, interior e exterior, é naturalmente característica dos discípulos do Senhor Jesus Ressuscitado: “Não nos ardia o coração (?)” (Lc 24, 32), “…como, na sua alegria, não queriam acreditar de assombrados que estavam” (Lc 24, 41) é também característica do Monge que procura, se deixa encontrar e caminha com o Ressuscitado, pois “só Cristo pode dar à esperança humana uma plenitude de significado e alegria." (João Paulo II)

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Em Lurdes, como também em Fátima, a Mãe de Deus dirigiu aos homens a mesma mensagem: oração e penitência, eco directo da admoestação evangélica: vigiai e rezai! Só desta forma a paz poderá triunfar nos corações: entre os homens e entre os povos. Respondamos todos, adultos, jovens, crianças e idosos ao apelo da Mãe celeste...
João Paulo II. «Regina Coeli», Domingo, 28 de Maio de 2000

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

500 anos da Ordem da Imaculada Conceição
Indulgência Plenária
Por Decreto da Penitenciaria Apostólica (Prot. N. 2054/10/1) o Sumo Pontífice Bento XVI, nas condições habituais, concede Indulgência Plenária aos fiéis verdadeiramente arrependidos:
a) Todas as vezes que, de 8 de Dezembro de 2010 a 17 de Setembro de 2011, se deslocarem, em peregrinação de grupo ao Mosteiro de Toledo, onde foi sepultada Santa Beatriz da Silva ou a outro qualquer lugar sagrado da Ordem da Imaculada Conceição e ali participarem nalguma celebração ou exercício de piedade;
b) Uma vez no ano se visitarem em grupo ou individualmente com devoção um lugar sagrado da Ordem que celebra este Jubileu e ali permanecerem algum tempo em meditação, concluindo com a recitação do Pai Nosso, do Credo e as invocações à Virgem Maria e a Santa Beatriz da Silva;
c) No próprio dia do quingentésimo aniversário e na novena de orações que o precede, se participarem nas celebrações jubilares e recitarem devotamente as orações atrás referidas, em qualquer lugar sagrado da Ordem.
+ José Francisco Sanches Alves
Arcebispo de Évora

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

“Pelas suas Chagas fomos curados.”
(Is 53, 5 ou 1Pd 2, 24)

Alma de Cristo, santificai-me
Corpo de Cristo, salvai-me
Sangue de Cristo, inebriai-me
água do lado de Cristo, lavai-me
Paixão de Cristo, confortai-me
Ó bom Jesus, ouvi-me
dentro das Vossas chagas, escondei-me
na hora da minha morte, chamai-me
e mandai-me ir para Vós,
para que com os Vossos Santos Vos louve
por todos os séculos dos séculos.
Ámen.
Santo Inácio de Loyola

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

"... estoy alegre...
dar a conocer al mundo
el amor que Dios nos tiene
..."

T
estemunho Vocacional

de sor Maria Inês da Cruz OIC
monja de votos solenes
do Mosteiro da Imaculada Conceição
de Campo Maior

Este año 2011 es un año lleno de alegría ya que celebramos en nuestra Orden el V centenario de nuestra Regla. Es un año radiante pues tenemos la oportunidad de ganar la indulgencia concedida por el Papa y es maravilloso ver como cada vez más grupos de personas se acercan a nuestro monasterio con espíritu de conversión y sedientos de una oportunidad de Dios para vivir la vida a pleno plumón. Es también motivo de júbilo para nosotras, hermanas concepcionistas, que desde Roma se haya confirmado el lugar de nacimiento de Santa Beatriz en Campo Maior, y es impresionante ver como cada día se va divulgando más información sobre Santa Beatriz y sobre sus orígenes. También es fuente de alegría saber que en el trascurso de este año haya en nuestra Orden, un gran dinamismo en el sentido de dar a conocer mejor el carisma fundado por Beatriz a través con los congresos de Toledo y de Fátima. Es tanta mi alegría que os invito a todos y a todas a participar con júbilo en este 2011 y que de verdad sea un año de gracia del Señor.
En mi vida hubo otro año jubilar que marcó definitivamente mi existencia, fue el inolvidable año 2000. En Febrero del año 2000 partí para Italia pues había solicitado una beca Erasmus y me fui a estudiar a Bari. Iba con el corazón en las manos y experimenté la soledad total. Mi madre estaba con cáncer pero aun así fue ella quien más insistió en que me fuera. Ante este acontecimiento yo estaba sola y Dios me visitó. En ese tiempo nunca dejé de experimentar que el Señor escucha al pobre y quedé totalmente dependiente de su voz.
Al llegar a Bari tuve algunas contrariedades pero en los días que se siguieron fui testigo de como Dios va encajando después las piezas. Me encontré con hermanos del Camino Neocatecumenal que me “adoptaron” como familia. Después de un tiempo supe que Dios ya nos había reunido en otro momento, concretamente en la peregrinación a Denver en el 93, pues yo estaba en sus fotos.
En ese año jubilar hubo una peregrinación a Tierra Santa y yo me apunté con un grupo de Barletta. Era una peregrinación que yo añoraba. El año anterior había trabajado mucho para poder pagar el viaje. Israel fue un memorial, hubo un cambio total en mi vida. Como se dice hoy, fue mi experiencia fundante. Desde mis expectativas fue, al inicio, un verdadero fracaso.
La compañía de vuelo me planteó una serie de dificultades para ir a Israel ya que yo no era italiana, las azafatas me hicieron las preguntas más raras que te puedes imaginar y fue un milagro poder entrar y salir de Israel. Se suponía que era una peregrinación de jóvenes pero en mi autobús eran casi todos mayores, el único joven que había era un fraile capuchino. Yo no sabía hablar bien el italiano pero además allí todos hablaban en dialecto. Nada mas pisar la Tierra del Señor le gritaba en mi interior, ¿Que quieres de mi Señor?, ¿Porque estoy sola en tierra extranjera y con gente desconocida? Me sentí abandonada, había pasado por tantas tribulaciones hasta llegar a Israel y una vez ahí, no veía nada de extraordinario, de nuevo…
Dios era mi único confidente, era el único que me entendía en mi lengua.
Pocos días después subimos al monte Tabor y fue allí donde me sentí verdaderamente llamada por el Señor. No me puedo extender, fue un momento de verdadera intimidad. Ese fue el día en que creí verdaderamente que Dios es Dios, y que si de una Virgen había hecho nacer un Hijo, también podría transformar mi corazón para hacer su voluntad, para ser una verdadera cristiana.
Volví a Italia a fin de terminar los estudios pero esa llamada del Señor no lo olvidé. En Agosto de ese mismo año el Papa Juan Pablo II congregó a todos los jóvenes, una vez más, en la Jornada Mundial de la Juventud en Roma. En la eucaristía el Papa citó una frase llave ¡No pequéis contra la esperanza! Hasta entonces yo había hecho experiencia de felicidad por mí misma, o sea, ir al encuentro de la alegría en las cosas que a todo el mundo le encanta, en la moda, en la diversión, en el noviazgo, en el cine, en el Mc Donnalds etc. Pero Israel había cambiando mi horizonte de felicidad, me había traído la esperanza de una vida que el mundo no propone. Cuando Juan Pablo II pronunció esa frase fortaleció todo lo que había vivido en Israel.
Entonces comenzó otra etapa en mi vida, me dispuse a discernir cual era mi vocación. Terminé mi carrera, e hice una experiencia de 15 días en un monasterio de la Trapa. Pensé que iba ver todo claro, pero no fue así, no descubrí nada. Salí y pensé que mi vocación no pasaba por ser monja. Mientras tanto mi vida seguía su curso, empecé a trabajar en el Ayuntamiento, en un proyecto maravilloso con niños discapacitados. Vivía sola, tenía muchos amigos pero no estaba plenamente alegre. Sentía una paz empobrecida, tenía tantas cosas buenas, nada me faltaba pero estaba insatisfecha. Con esta sed de vida coherente iba caminando en la Iglesia e hice una nueva experiencia vocacional. Llegué hasta este monasterio donde hoy vivo, el día 6 de Agosto del 2003 y ese día todo me habló del Monte Tabor. Mi vida se dirigió a aquella experiencia fundante de años anteriores y las piezas empezaron a encajarse de nuevo. La Palabra de los días que siguieron era tan clara que ya no me salí fuera, dejé todo y me quedé en el monasterio para siempre.
Esta es mi historia vocacional y por eso estoy alegre. No una alegría como la que da el mundo, sino la verdadera alegría de San Francisco, esa que no está en las carcajadas estridentes sino en la certeza de que Dios nos ama siempre. En María y Beatriz tengo un modelo de esta alegría pues me ensanchan el horizonte de una vida vivida en la Gracia. Por ello llevamos el manto azul, para dar a conocer al mundo el amor que Dios nos tiene, que el hombre no está destinado a la muerte, María en su Concepción Inmaculada nos enseña que la vida es bella, es azul, es gracia, es alegría porque el novio viene, está con nosotros.