domingo, 31 de maio de 2015


As Monjas Concepcionistas de Campo Maior têm mais uma postulante
Em pleno Domingo da Santíssima Trindade, Jornada «Pro Orantibus» e Ano da Vida Consagrada, o Mosteiro das Concepcionistas de Campo Maior, passados pouco mais de 7 meses, volta a abrir as portas da clausura para receber uma nova postulante. Desta vez, uma jovem de 21 anos, recentemente formada em Serviço Social, natural de Torres Vedras. A Joana Filipa da Silva Rodrigues, assim se chama, acolheu generosamente o chamamento de Deus e decidiu percorrer o caminho que a leva à identificação total com Cristo, seguindo o exemplo de Santa Beatriz da Silva: “Aquelas que, inspiradas e chamadas por Deus, desejam abandonar a vaidade do mundo e, vestindo o hábito desta Regra, desposar-se com Jesus Cristo nosso Redentor, pela honra da Conceição Imaculada da sua Mãe, façam voto de viver sempre em obediência, sem propriedade e em castidade, com clausura perpétua.” (Regra, Capítulo I, 1).
Por volta das 16h, a porta da clausura monástica abriu-se e a Joana era esperada pelas 16 monjas da comunidade, que de velas acesas na mão entoavam o Magnificat. Em procissão é levada ao coro baixo, onde é consagrada a Nossa Senhora e lhe é indicado o seu lugar no coro. De seguida e depois da festiva saudação fraterna de boas vindas de cada uma das monjas, dirigiu-se ao locutório e, já dentro da clausura, despede-se da família, dos amigos e do sacerdote que a acompanharam. E assim, a Joana começa a viver neste “divino caminho” (Regra, Capítulo II, 2), levando a Mãe de Deus, entronizada no seu coração, como exemplo de vida, para imitar a sua conduta inocentíssima (cf. Regra, Capítulo III, 7)
Curiosamente, a nova postulante tem o mesmo nome de duas das mais importantes primeiras companheiras de Santa Beatriz da Silva: Filipa da Silva que orientou os destinos da comunidade monástica fundada pela Santa Alentejana, após a sua morte e sobrinha da Santa e Joana de São Miguel a primeira biógrafa da Fundadora alentejana e de quem temos notícias da vida da comunidade monástica Concepcionista nos seus primeiros tempos por ser a cronista. Este facto será certamente um bom presságio para a Joana e para a comunidade.
Que a Joana se disponha a escutar a voz de Deus (cf. Deut 4, 33), Lhe dê continuamente glória pelas “tremendas maravilhas” (Deut 4, 34), que por nós fez e faz continuamente (cf. Deut 4, 34), considere e medite em seu coração que o Senhor é o único Deus, cumpra os seus mandamentos será feliz (cf. Deut 4, 39-40) e Deus fará nela a Sua morada (Cf. Jo 14, 23).
Como sentinela vigilante espere o Senhor que vem (cf. Lc 12, 37), O adore (cf. Mt 28, 17), o anuncie a todas as nações (cf. Mt 28, 19-29) não por palavras mas com a vida: “É a vossa vida que deve falar, uma vida da qual transparece a alegria e a beleza de viver o Evangelho e seguir a Cristo" (Francisco, “Carta Apostólica às Pessoas Consagrada para a proclamação do Ano da Vida Consagrada”, II, 1).
Seja a sua vida, oculta, laboriosa e orante um hino de louvor em honra da Imaculada e para a glória de Deus (cf. Ef 1, 14) e possa cantar como São Paulo: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gl 2, 20).